segunda-feira, 9 de julho de 2012


CARAVANA AMBIENTE LEGAL – CAL


Local: E. E. (M) Gaviões            Data: 13\04\2011               Horário: 9:00h às 12:30h

Relatório

            Na presente data a Caravana Ambiente Legal – CAL deu início a sua primeira ação, a qual ocorreu na comunidade de Gaviões.
            Ao chegar à escola, a coordenadora do projeto questionou a diretora sobre a ausência dos pais, pois no dia 04/04, esteve pessoalmente na Unidade Escolar (UE) conversado sobre o funcionamento da caravana. Foi surpreendida com a fala da diretora em deixar claro que não fez o menor esforço para garantir a presença dos pais na UE, alegando não conhecer o trabalho e nem compreender a importância disso. Apresentou o bilhete que enviou para a casa dos alunos. Posteriormente três responsáveis chegaram.
Apesar da recepção desestimulante, a CAL realizou as ações planejadas para aquele dia, visto que os alunos não poderiam ser punidos por atitudes de terceiros, sendo que um dos objetivos da criação da CAL foi exatamente atender os alunos da zona rural do município que ficam aquém das ações realizadas no centro da cidade. Para tanto contou com a presença e ação ativa da:
ü  Secretaria Municipal de Meio Ambiente através da voluntária Camila que desenvolveu uma dinâmica com os alunos da Educação Infantil.
ü  Secretaria Municipal de Educação de Silva Jardim, através das coordenadoras Elizaman Grijó (Mídias na escola), Cláudia Lucia Machado (Reforço escolar), Ionea Campos (Escolas multisseriadas) e Marla Domingues (Educação Ambiental – EA) que realizaram atividades múltiplas: desafio para o 2º ano; dinâmica para o 1º e 3º ano; registro fotográfico; e mesa redonda com os poucos pais que apareceram.
ü  Secretaria Municipal de Saúde através da dentista Renata Vogel e de sua auxiliar a agente da saúde bucal – ASB – Renata, que realizou a higiene bucal e aplicação de flúor nos alunos.
ü  Associação Mico-Leão-Dourado através do educador ambiental Ruam Azevedo que apresentou uma palestra sobre a Mata Atlântica.

Avaliação

As atividades desenvolvidas com a Educação Infantil pela voluntária Camila contribuíram consideravelmente com as ações da CAL, pois através delas foi possível um envolvimento dos alunos e a construção de conceitos ambientais a partir de ações lúdicas, levando prazer ao educando. É lamentável que esta profissional ainda não tenha conseguido renovar seu contrato com a SEMMA e que a SEMEC-CT também não tenha conseguido contratá-la.
A presença da AMLD, através de estagiário Ruam foi fundamental para que o conhecimento dos alunos acerca da Mata Atlântica pudesse ser consolidado, de maneira ambientalmente correta, pois conhecer espécies de fauna e flora, não faz de ninguém um protetor do ambiente. É necessário que os alunos se enxerguem como seres atuantes no ambiente no qual estão inseridos e que suas ações são refletidas a todos que dividem aquele espaço físico, seja uma planta ou um animal, visto que, os fatores vivos e não vivos são diretamente afetados pelas ações antrópicas. E a fala do membro da equipe da AMLD veio de encontro a essas questões, apesar desta ser a sua primeira CAL.
A ação de higiene bucal e fluoretação realizada pela SEMSA através de Drª Renata, além de ter uma ação preventiva quanto ao bem-estar bucal e da saúde física como um todo, tem também um caráter ambiental, pois os alunos aprendem que necessitam economizar água, sendo que a torneira só deve ficar aberta durante a lavagem da boca e da escova e que durante a escovação, esta deverá permanece fechada.
O vídeo Dr. Dentuço, um desenho animado que leva o aluno ao mundo da imaginação, permitiu que o conhecimento sobre a higiene bucal fosse aprendido de forma bastante prazerosa, tanto para os alunos quanto para os professores, que olhavam atentamente as ações dos personagens.
A fala final da Drª Renata após a fluoretação e a exibição do desenho fecha de forma bastante profissional a ação da SEMSA, pois a mesma conversa com cada turma por ela atendida.
As ações desenvolvidas pelas Coordenadoras de Mídias nas Escolas e de Reforço Escolar formam uma nova atividade dentro da CAL. A ideia foi da segunda coordenadora que solicitou a Coord. de EA cinco palavras de cunho ambiental. A partir delas, foi dado aos alunos do 2º Ano, que estavam divididos em cinco grupos de três alunos, um desafio: eles teriam que escrever uma linda historinha, mas não seria manuscrita e sim no computador. Essa atividade permitiu detectar que os alunos nunca mexeram nos computadores, embora estes tenham sido entregues a escola em outubro de 2009. Outro ponto importante foi à questão da escrita, pois estes no mês corrente farão a provinha Brasil.
Um momento bastante interessante foi a contação de história realizada pela coordenadora de EA. Tanto professores quanto alunos ficaram encantados com a história e participaram ativamente da dinâmica proposta após a história. A dinâmica o aquamóvel foi realizada com participação entusiasmada dos alunos. Após a mesma foi realizada uma roda de conversa visando o entendimento acerca do uso consciente da água.
A presença da CAL nas escolas não tem somente a ação de educação ambiental, bem como funciona como um detector de problemas, que nem sempre chegam ao conhecimento da SEMEC-CT ou outros setores do governo municipal.
A mesa redonda, conduzida pela Coordenadora de escolas multisseriadas, teve uma ação bastante incisiva, visto que durante a mesma, os pais elogiaram muito a escola, fato que alegrou a todos. No entanto, reclamaram da falta de atividades extra, tendo hoje somente a capoeira em parceria com um voluntário da escola. Surgiu também o fato da escola ter um laboratório de informática e o mesmo não ser utilizado.
Em conversa com a diretora, a mesma justificou que o laboratório de informática não era utilizado por falta de espaço físico e profissional capacitado. Porém neste ano, a escola deixou de ter o turno matutino e vespertino, mantendo somente o primeiro, a pedido da própria diretora da escola, pois segundo a mesma seria possível juntar os alunos e formar um único turno. Esse fato vem prejudicando duas turmas, pois estas se entram dividindo uma mesma sala, sendo separados por um tecido, não possuindo inclusive uma entrada própria. E, Educação Infantil, consta 23 alunos sendo creche, Ed. Infantil I e II dificultando o trabalho por estarem todos numa mesma sala.
Foi questionado porque não ter o 2º turno, separando as turmas e aproveitando os espaços da sala para informática, biblioteca e maior conforto dos alunos que estão dividindo a sala. Invés de uma resposta direta, a diretora solicitou que informássemos a situação para a subsecretária e comprometeu-se a procurá-la na SEMEC-CT.
Um ponto muito negativo foi à atitude da diretora da escola, em não esclarecer a coordenadora do projeto que não havia entendido a importância do mesmo durante a visita no dia 04/04, fato que acarretou certo constrangimento por parte de toda a equipe da CAL, pois naquele dia ela se apresentou satisfeita com a visita e não demonstrou nenhum desconhecimento sobre as ações, inclusive não fez nenhum questionamento além daquilo que havia sido dito.
Quando um diretor não consegue compreender a importância do trabalho da Educação Ambiental e não se empenha em trazer a escola o maior número possível do público-alvo, impede que o objetivo do projeto seja atingido em sua plenitude, prejudicando consideravelmente não somente as ações planejadas para aquele dia, bem como o conhecimento que seria partilhado entre escola – aluno – comunidade, impedindo dessa maneira que o elo entre as partes seja formado. Lamentavelmente, foi o que aconteceu na comunidade de Gaviões.
A Ong GEMA embora tenha participado da reunião de planejamento do calendário, assumido datas de interesse, apresentado a presente data como possível e confirmado no dia 11/04 sua presença, no final do dia 12, via celular, informou que não participaria da caravana no dia seguinte pelo fato da contadora de histórias considerar o local demasiadamente longe. Essa postura da ONG ou de integrantes desta, leva a uma reflexão quanto à seriedade e ao comprometimento da instituição que possui um termo de parceria assinado com a Secretaria Municipal de Educação para o desenvolvimento das ações do Ponto de Cultura, onde ficou acordado que as ações de contação de histórias ocorreriam via CAL. Sendo que, segundo o acordo, a ONG realizaria 10 contações anuais, sendo uma a cada mês. Espera-se que nas próximas caravanas não se tenham problemas como esse impedindo a realização de tão linda ação, pois é de conhecimento de todo o excelente trabalho desenvolvido pela instituição.






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