CARAVANA AMBIENTE LEGAL – CAL
Local: E. E. (M) Gaviões Data: 13\04\2011 Horário: 9:00h às 12:30h
Relatório
Na presente data a Caravana Ambiente
Legal – CAL deu início a sua primeira ação, a qual ocorreu na comunidade de
Gaviões.
Ao chegar à escola, a coordenadora
do projeto questionou a diretora sobre a ausência dos pais, pois no dia 04/04, esteve
pessoalmente na Unidade Escolar (UE) conversado sobre o funcionamento da caravana.
Foi surpreendida com a fala da diretora em deixar claro que não fez o menor
esforço para garantir a presença dos pais na UE, alegando não conhecer o
trabalho e nem compreender a importância disso. Apresentou o bilhete que enviou
para a casa dos alunos. Posteriormente três responsáveis chegaram.
Apesar da recepção desestimulante, a
CAL realizou as ações planejadas para aquele dia, visto que os alunos não
poderiam ser punidos por atitudes de terceiros, sendo que um dos objetivos da
criação da CAL foi exatamente atender os alunos da zona rural do município que
ficam aquém das ações realizadas no centro da cidade. Para tanto contou com a
presença e ação ativa da:
ü Secretaria Municipal de Meio Ambiente
através da voluntária Camila que desenvolveu uma dinâmica com os alunos da
Educação Infantil.
ü Secretaria Municipal de Educação de
Silva Jardim, através das coordenadoras Elizaman Grijó (Mídias na escola),
Cláudia Lucia Machado (Reforço escolar), Ionea Campos (Escolas multisseriadas)
e Marla Domingues (Educação Ambiental – EA) que realizaram atividades
múltiplas: desafio para o 2º ano; dinâmica para o 1º e 3º ano; registro
fotográfico; e mesa redonda com os poucos pais que apareceram.
ü Secretaria Municipal de Saúde através
da dentista Renata Vogel e de sua auxiliar a agente da saúde bucal – ASB –
Renata, que realizou a higiene bucal e aplicação de flúor nos alunos.
ü Associação Mico-Leão-Dourado através
do educador ambiental Ruam Azevedo que apresentou uma palestra sobre a Mata Atlântica.
Avaliação
As
atividades desenvolvidas com a Educação Infantil pela voluntária Camila
contribuíram consideravelmente com as ações da CAL, pois através delas foi
possível um envolvimento dos alunos e a construção de conceitos ambientais a
partir de ações lúdicas, levando prazer ao educando. É lamentável que esta
profissional ainda não tenha conseguido renovar seu contrato com a SEMMA e que
a SEMEC-CT também não tenha conseguido contratá-la.
A
presença da AMLD, através de estagiário Ruam foi fundamental para que o
conhecimento dos alunos acerca da Mata Atlântica pudesse ser consolidado, de
maneira ambientalmente correta, pois conhecer espécies de fauna e flora, não
faz de ninguém um protetor do ambiente. É necessário que os alunos se enxerguem
como seres atuantes no ambiente no qual estão inseridos e que suas ações são
refletidas a todos que dividem aquele espaço físico, seja uma planta ou um
animal, visto que, os fatores vivos e não vivos são diretamente afetados pelas
ações antrópicas. E a fala do membro da equipe da AMLD veio de encontro a essas
questões, apesar desta ser a sua primeira CAL.
A
ação de higiene bucal e fluoretação realizada pela SEMSA através de Drª Renata,
além de ter uma ação preventiva quanto ao bem-estar bucal e da saúde física
como um todo, tem também um caráter ambiental, pois os alunos aprendem que
necessitam economizar água, sendo que a torneira só deve ficar aberta durante a
lavagem da boca e da escova e que durante a escovação, esta deverá permanece
fechada.
O
vídeo Dr. Dentuço, um desenho animado que leva o aluno ao mundo da imaginação,
permitiu que o conhecimento sobre a higiene bucal fosse aprendido de forma
bastante prazerosa, tanto para os alunos quanto para os professores, que
olhavam atentamente as ações dos personagens.
A
fala final da Drª Renata após a fluoretação e a exibição do desenho fecha de
forma bastante profissional a ação da SEMSA, pois a mesma conversa com cada turma
por ela atendida.
As
ações desenvolvidas pelas Coordenadoras de Mídias nas Escolas e de Reforço
Escolar formam uma nova atividade dentro da CAL. A ideia foi da segunda
coordenadora que solicitou a Coord. de EA cinco palavras de cunho ambiental. A
partir delas, foi dado aos alunos do 2º Ano, que estavam divididos em cinco
grupos de três alunos, um desafio: eles teriam que escrever uma linda
historinha, mas não seria manuscrita e sim no computador. Essa atividade
permitiu detectar que os alunos nunca mexeram nos computadores, embora estes
tenham sido entregues a escola em outubro de 2009. Outro ponto importante foi à
questão da escrita, pois estes no mês corrente farão a provinha Brasil.
Um
momento bastante interessante foi a contação de história realizada pela
coordenadora de EA. Tanto professores quanto alunos ficaram encantados com a
história e participaram ativamente da dinâmica proposta após a história. A
dinâmica o aquamóvel foi realizada com participação entusiasmada dos alunos.
Após a mesma foi realizada uma roda de conversa visando o entendimento acerca
do uso consciente da água.
A
presença da CAL nas escolas não tem somente a ação de educação ambiental, bem
como funciona como um detector de problemas, que nem sempre chegam ao
conhecimento da SEMEC-CT ou outros setores do governo municipal.
A mesa redonda, conduzida pela
Coordenadora de escolas multisseriadas, teve uma ação bastante incisiva, visto
que durante a mesma, os pais elogiaram muito a escola, fato que alegrou a todos.
No entanto, reclamaram da falta de atividades extra, tendo hoje somente a
capoeira em parceria com um voluntário da escola. Surgiu também o fato da
escola ter um laboratório de informática e o mesmo não ser utilizado.
Em conversa com a diretora, a mesma
justificou que o laboratório de informática não era utilizado por falta de
espaço físico e profissional capacitado. Porém neste ano, a escola deixou de
ter o turno matutino e vespertino, mantendo somente o primeiro, a pedido da
própria diretora da escola, pois segundo a mesma seria possível juntar os
alunos e formar um único turno. Esse fato vem prejudicando duas turmas, pois
estas se entram dividindo uma mesma sala, sendo separados por um tecido, não
possuindo inclusive uma entrada própria. E, Educação Infantil, consta 23 alunos
sendo creche, Ed. Infantil I e II dificultando o trabalho por estarem todos
numa mesma sala.
Foi questionado porque não ter o 2º
turno, separando as turmas e aproveitando os espaços da sala para informática,
biblioteca e maior conforto dos alunos que estão dividindo a sala. Invés de uma
resposta direta, a diretora solicitou que informássemos a situação para a
subsecretária e comprometeu-se a procurá-la na SEMEC-CT.
Um
ponto muito negativo foi à atitude da diretora da escola, em não esclarecer a
coordenadora do projeto que não havia entendido a importância do mesmo durante
a visita no dia 04/04, fato que acarretou certo constrangimento por parte de
toda a equipe da CAL, pois naquele dia ela se apresentou satisfeita com a
visita e não demonstrou nenhum desconhecimento sobre as ações, inclusive não
fez nenhum questionamento além daquilo que havia sido dito.
Quando um diretor não consegue
compreender a importância do trabalho da Educação Ambiental e não se empenha em
trazer a escola o maior número possível do público-alvo, impede que o objetivo
do projeto seja atingido em sua plenitude, prejudicando consideravelmente não
somente as ações planejadas para aquele dia, bem como o conhecimento que seria
partilhado entre escola – aluno – comunidade, impedindo dessa maneira que o elo
entre as partes seja formado. Lamentavelmente, foi o que aconteceu na
comunidade de Gaviões.
A
Ong GEMA embora tenha participado da reunião de planejamento do calendário,
assumido datas de interesse, apresentado a presente data como possível e confirmado
no dia 11/04 sua presença, no final do dia 12, via celular, informou que não
participaria da caravana no dia seguinte pelo fato da contadora de histórias
considerar o local demasiadamente longe. Essa postura da ONG ou de integrantes
desta, leva a uma reflexão quanto à seriedade e ao comprometimento da
instituição que possui um termo de parceria assinado com a Secretaria Municipal
de Educação para o desenvolvimento das ações do Ponto de Cultura, onde ficou
acordado que as ações de contação de histórias ocorreriam via CAL. Sendo que,
segundo o acordo, a ONG realizaria 10 contações anuais, sendo uma a cada mês.
Espera-se que nas próximas caravanas não se tenham problemas como esse
impedindo a realização de tão linda ação, pois é de conhecimento de todo o
excelente trabalho desenvolvido pela instituição.
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