quarta-feira, 14 de julho de 2010

CAL em Cesário I

Relatório


Local: E. M. Cesário Alvim I

Data: 30\06\10

Horário: 9:00h às 12:20h



Atividades desenvolvidas



A Caravana Ambiente Legal desenvolveu mais uma atividade na presente data, tendo como cenário de atuação a Escola da comunidade de Cesário Alvim.

Contou com a presença dos seguintes atores em suas ações:

  • Estratégia Saúde da Família (ESF), representada pela dentista Renata Vogel, realizou higiene bucal e aplicação de flúor nos 58 alunos que compunham o corpo discente da escola;

  • Informação, Educação e Comunicação em Saúde – IEC, representada por sua Coordenadora Ana Maria e pelo Alexandre, onde a primeira realizou uma caminhada no bairro a busca de focos de mosquito da dengue e o segundo, auxiliou nas palestras;

  • Núcleo de Apoio ao Ensino – NAE, representado pelas Coordenadoras de Mídias na Escola – Elizaman Grijó, de Escolas Multisseriadas – Ionéa Campos e de Educação Ambiental – Marla Domingues, onde a primeira realizou o registro fotográfico, a segunda auxiliou na Oficina de dobradura e a última, apresentou a palestra “A Mata Atlântica a Floresta em que vivemos” e organizou a realização das ações na escola. A segunda e a última ainda auxiliaram na caminhada realizada pelo IEC;

  • A Ouvidoria, representada por Ana Cláudia Xavier, apresentou o teatro de fantoches; O CRAS dessa vez não se fez presente com a outra integrante do teatro de fantoche.

  • A Secretaria de Meio Ambiente – SEMMA, representada pelas educadoras ambientais Camila e Elizângela, realizaram duas dinâmicas para os alunos maiores: trilha e bingo e a turma da Educação Infantil participaram de uma oficina de desenho.

  •  A Vigilância Sanitária representada pelo seu coordenador, o Dr. Ricardo, realizou uma palestra para os pais dos alunos, professores e serventes.

  •  Sr. Adail realizou uma oficina de artesanato, com pais e alunos.



Cronograma



09:00h – Higiene Bucal e distribuição de kits – SEMSA – Dr. Renata Vogel

09:50h – Mini Palestra: A Saúde Bucal – Dr. Renata Vogel

10:00h – Palestra: “Mata atlântica a floresta em que vivemos” – NAE – Marla

10:00h – Oficina de desenhos – SEMMA – Elizângela e Camila

10:00h – Oficina de artesanato – Sr. Adail e Ionéa

10:30h – Palestra: Educação Sanitária – Vigilância Sanitária – Dr. Ricardo

10:30h – Dinâmica: Bingo e Trilha – Elizângela e Camila

10:30h – Caminhada no bairro a busca de focos do mosquito da dengue –

IEC e NAE: Ana Maria, Elizaman e Marla respectivamente.

11:40h – Teatro de Fantoches: Ouvidoria –Claudinha

12:20h – Encerramento



METODOLOGIA



As ações ocorreram em forma de rodízio, sendo divididas em cinco grupos: o primeiro – participou da higiene bucal e fluoretação; o segundo – assistiu as palestras; o terceiro – participou da caminhada pelo bairro na identificação dos focos do mosquito da dengue e colocação de placas identificando os pontos críticos encontrados; o quarto – participou das dinâmicas de grupo; e, o quinto grupo – participou da oficina de artesanato. Após a conclusão de cada grupo, os alunos trocavam de sala (atividade) seguindo a ordem pré-estabelecida. O Teatro de Fantoche e a Oficina de Artesanato foram realizados no pátio da escola com a participação de todos os alunos da UE.



AVALIAÇÃO


Um ponto muito positivo a ser destacado foi o início das ações dentro do horário previsto. A partir dessa pontualidade foi possível desenvolver as atividades de forma ordeira e satisfatória.

Apesar da ausência do diretor da UE, percebeu-se que ele fez com maestria o seu dever de casa, ou seja, convocou os pais para a escola (essa foi a segunda escola esse ano a atender essa solicitação da CAL); avisou aos alunos que o dia seria diferente; deixou um professor responsável pela organização da escola, por saber que estaria ausente numa reunião marcada no NAE naquele dia; e ainda deixou uma professora filmando todas as ações que estavam acontecendo. Envolvimento desse tipo que a CAL espera encontrar a cada passagem pelas escolas.

Após uma ausência de duas Caravanas por motivos pessoais, o retorno da Dr Renata alegrou a todos. Sua presença facilitou a aquisição dos kits de higiene bucal, pois a própria dentista busca pessoalmente esses materiais e na quantidade certa para cada aluno. Para adiantar as ações, ela sempre inicia a higienização, fato que favorece consideravelmente as ações, caso ocorra algum atraso a caminho. Foi visível a satisfação dos alunos no momento do recebimento dos kits, situação que incentiva ainda mais a realização dessa atividade. O desfecho do trabalho com uma mini palestra, reforçando a fala da dentista durante a escovação, fortalece a importância desse tipo de ação nas escolas, visto que com esse aprendizado os educandos tornam-se propícios à aquisição de hábitos saudáveis para uma melhor qualidade bucal, reduzindo consideravelmente os gastos da Saúde com medicina curativa.

O IEC especialmente nessa CAL desenvolveu um excelente trabalho. A caminhada pelo bairro, acompanhada pelas Coordenadoras de EA e Mídias do NAE, foi algo diferente e especial para os alunos. Esses puderam encontrar possíveis criadouros de mosquito, como pneus cheios de água, copo descartável, garrafas, sacolas de plásticos, sacola de lixo presa entre os galhos de uma árvore da praça, etc. Após encontrarem os focos, os próprios alunos, fixaram cartazes indicando que o local tinha risco de contaminação por dengue. Essa ação aguça o olhar do educando para o cuidado com o espaço em que vive, transformando esse aluno em um observador/ protetor do meio ambiente. Outro ponto muito positivo a ser destacado foi à empolgada participação nessa CAL, do outro integrante do setor, que na anterior não quis desenvolver nenhuma ação. Sua satisfação contagiou ainda mais alguns integrantes da CAL. Este teve uma importância fundamental durante o processo de apresentação das palestras, auxiliando na montagem dos equipamentos, passando os slides, etc.

O registro fotográfico realizado pela coordenadora de Mídias serve não somente para a composição de relatórios, divulgação em jornais ou panfletos, mas principalmente, mantém vivo a memória dessas ações, permitindo o repasse dessa experiência como um modelo positivo a ser seguido pelas gerações futuras.

As dinâmicas desenvolvidas pela SEMMA têm um papel muito importante para a CAL, pois elas possibilitam um aprendizado de forma lúdica que contribuem para uma maior interiorização dos conteúdos apresentados. A presença de uma atividade específica para a Educação Infantil apresentada hoje, veio fechar uma lacuna que faltava, pois permitiu que os pequenos participassem de ações dentro da sua faixa etária. Essa renovação de atividades realizada pela SEMMA é vista muito positivamente pelos parceiros da CAL.

A Oficina de Artesanato veio abrilhantar ainda mais as ações da CAL. O Sr. Adail foi um grande achado. Quando ele mostrou aos responsáveis pelos alunos o seu trabalho, gerou uma grande curiosidade em aprender a fazer, especialmente pela beleza que cada peça possui. Mas quando falou o quanto conseguia com a venda, foi com certeza o momento determinante para a busca desse aprendizado. Alguns alunos demonstraram grande habilidade na realização do trabalho. Por falta de tempo, ficou acordado que os responsáveis pelos alunos fariam muitas dobraduras em casa e que os alunos mais habilidosos ensinariam aqueles que não conseguiram aprender. Quando pais e alunos tivessem uma grande quantidade de dobraduras, o Sr. Adail retornaria a escola para auxiliá-los na montagem. O auxílio realizado pela Coordenadora de Escolas Multisseriadas foi de grande valia para a realização dessa oficina, pois a experiência que possui com regência de turma e direção de escola facilitou a aproximação dos pais, que estavam meio tímidos para entrarem no espaço escolar, algo que pode ser considerado preocupante, visto que a existência dessa timidez provavelmente tenha como motivo a falta da presença destes na escola.

Outro grande achado foi o Dr. Ricardo, coordenador da Vigilância Sanitária. A palestra apresentada por ele que a princípio duraria quinze minutos, durou uma hora. A participação dos pais através de perguntas e a permanência deles no local, mesmo estando próximo à hora do almoço, mostrou a necessidade existente nos moradores silva-jardinenses de esclarecimentos quando aos cuidados que se deve ter no momento da escolha de alimentos, manuseio de agrotóxicos, cuidados com doenças do campo etc. Outro ponto que merece destaque foram os olhos atentos e curiosos de uma senhora, de pele escura e cabelos bem branquinhos, talvez avó, bisavó, trisavó ou quiçá tataravó de algum aluno da escola. Essa figura interessante tinha exatos cem anos de idade e estava em plena forma. Não fez perguntas, mas participou durante todo o tempo da palestra com um interesse visível. Oxalá que todos os alunos possam seguir o exemplo deixado por essa senhora durante essa CAL.

A apresentação da palestra sobre Mata Atlântica foi acompanhada da participação ativa dos alunos. Pode ser percebido o grande conhecimento que alguns alunos possuíam em especial sobre a fauna do bioma em questão. Esse conhecimento apresentado deve ser analisado sobre dois aspectos muito importantes: o primeiro e mais otimista é que esse conhecimento se deve ao trabalho de educação ambiental realizado pela escola, fato considerado muito positivo por essa coordenação; o outro e mais preocupante, é que talvez esse conhecimento tenha sido passado por pais caçadores, isto é, os pais por caçarem e levarem para casa esses animais, indiretamente ensinam seus filhos quais animais são ideais para a alimentação humana através da caça e com isso os educandos adquirem um conhecimento tão profundo sobre a fauna local. Lamentavelmente esse segundo aspecto parece o mais correto, pois durante a Caminhada, alguns alunos revelaram a palestrante, uma grande preocupação com a prisão de seus pais e tios, por que esses caçavam e eles não sabiam como resolver. Foi sugerido a esses alunos que contassem em casa o que ouviram na escola, que repetissem essa informação sempre que a caça fosse levada para casa e que não comessem os animais caçados, pois talvez dessa forma, parassem de praticar esse ato ilícito. É exatamente esse tipo de atenção, preocupação e cuidado que se deseja que cresça no coração dos alunos e familiares. A certeza de que estão cometendo um ato ilegal e o pedido dos filhos para que não o façam, faz com que por amor e desejo de cuidar desses filhos, muitos abandonem essa prática.

O Teatro de Fantoches foi o momento mais esperado pelos alunos. Muitos tentaram de todas as maneiras confirmar a desconfiança de que por detrás das cortinas estava uma pessoa movimentando os bonecos. Durante essa ação os bonecos dizem que assistiram e participaram de tudo, fazendo com que outros acreditassem que eram realmente bonecos falantes, que também haviam participado às escondidas da CAL e que muito aprenderam com ela. Independente da intenção de cada um, o principal foi a diversão e a alegria que encheu os pequenos corações, bem como o contentamento estampado nos rostos de cada pessoa que foi a escola naquele dia.



ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO

Marla Regina Domingues de Morais

Coordenadora de Educação Ambiental

Núcleo de Apoio ao Ensino

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